segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Os Mitos e seus Tipos

O grande questionamento quanto à origem da vida e do universo (e de tudo o mais de que não se tem a explicação), presente na psique humana desde a antiguidade (mesmo que de modo pouco desenvolvido), é o grande motor cultural que faz surgir o mito. Como uma narrativa transmitida ao longo do tempo através da fala (pois a escrita só chegou muito depois das primeiras criações mitológicas), o mito foi carregando elementos das diversas culturas e mentalidades pelas quais foi transmitido. Sendo assim, a mitologia foi, cada vez mais, impregnada com as mais diversas tentativas de justificar o desconhecido; surgiram os mitos sobre a criação do mundo (Cosmogonia), sobre a origem dos deuses ou forças que o regem (Teogonia) e sobre a origem da morte e o que viria após o fim de tudo (Escatologia), além de outros – sempre tentando achar a resposta para o que parece impossível ou sobrenatural.

Mitos Cosmogônicos
Geralmente, os mitos mais importantes numa cultura, e que se tornam modelos para os demais mitos, são os que tratam da origem do mundo e da vida, um grande questionamento da humanidade.
Em alguns contos, como na primeira parte do Livro do Gênesis, a criação do mundo se dá a partir do nada (creatio ex nihilo). Também os mitos egípcios, australianos, gregos e maias falam de uma força criadora pré-existente (geralmente atemporal, surgida de si própria, retratada como o Oceano, o Caos ou a Terra), que gera a vida por si só. Na cosmogonia chinesa, por exemplo, de Pan Gu surgem as duas forças universais do Yin e Yang, das quais forma-se todos os elementos. No hinduísmo, o Rig-Veda fala do nada original, onde o Grande Espírito criador, o Brahm Eterno(Espírito Eterno, Brahman, Brahma ou Deus), cria todas as coisas com o calor de sua respiração cósmica. Outras cosmogonias também apresentam a origem do cosmo como fruto de emanações divinas, como a partir do suor, do sêmen ou do sangue de um deus.
Nesses mitos, a deidade é quase sempre onipotente. No decorrer da narrativa mitológica, essa deidade pode permanecer como vanguarda e tornar-se o centro da vida religiosa (como ocorre com os Hebreus), ou pode retirar-se, tornando-se uma deidade distante, periférica (como nos mitos de gregos, maias ou de aborígines australianos).
Em outros mitos cosmogônicos, a criação é descrita como o emergir de mundos inferiores. Para os índios Zuni (da América do Norte), os Navajos e os Hopis, a criação resulta da ascensão progressiva de mundos subterrâneos, e o surgimento do último mundo é a progressão final no mundo da humanidade. Um mito polinésio apresenta as várias camadas do surgimento do mundo numa casca de coco. De modo análogo, surgiram os mitos do Ovo primevo (de onde nasce todo o universo), conhecidos na África, China, Índia, Grécia, Japão, e no sul do pacífico. Nesse mitos, a criação é simbolizada pela ruptura do ovo da fertilidade. O ovo é a possibilidade para toda a vida, e em alguns casos, como nos mitos do povo Dogon (da África Ocidental), é referido como “a placenta do mundo”.
Há também o mito do mundo proveniente de uma união de duas forças personificadas (“os pais” do universo). Na história da criação babilônica, o Enuma Elish, o casal divino Apsu e Tiamat têm de enfrentar sua própria descendência, por quem são derrotados. Com o corpo de Tiamat (a deusa mãe, personificação do mar), Marduk (deus protetor da Babilônia) constrói o universo; e com o sangue de Kingu (outro deus rebelde que fora vencido), ele cria os homens. Em mitos egípcios e polinésios de temática semelhante, os “pais do mundo” tiveram sua descendência, mas permaneceram firmemente unidos; a descendência, presa na escuridão, busca a luz. Assim, dá-se uma violenta separação do casal primordial, gerando-se a luz e o espaço que permitirá o surgimento da vida.
Sendo a água o elemento primordial mais freqüente nas cosmogonias, é dela que, em mitos difundidos na Romênia e na Índia, emerge a terra, trazida à tona por um espírito ou animal.
Para muitos mitos cosmogônicos, o ato do sacrifício tem grande valor. Na mitologia babilônica, é do corpo esquartejado de Tiamat que surge a terra, e nos Vedas hindus, Prajapati (o homem primordial, senhor dos seres) é sacrificado para que dele surjam o mundo e todas as formas de vida. Há também os mitos que descrevem o surgimento da humanidade partir de uma rocha ou de alguma árvore de importância cultural.

Mitos Escatológicos
Relacionados com os mitos cosmogônicos, mas de temática oposta, estão os mitos do fim do mundo (escatológicos) e da morte dos que nele vivem. Como a morte era apresentada na mitologia como algo estranho ao plano da criação, os mitos que versavam sobre sua origem traziam (de modo geral) três tipos diferentes de justificativa para seu surgimento. Em alguns mitos, fala-se de um tempo anterior em que se desconhecia a morte, uma era que foi interrompida por um acidente ou um erro cometido por alguém (instituindo-se a morte como castigo), ou mesmo para evitar a superpopulação. Outros mitos, geralmente de tradições culturais mais elaboradas, trazem a idéia de que, antes de surgir a morte, o homem era imortal e vivia no paraíso. A perda de sua imortalidade e sua expulsão do paraíso seriam punições aplicadas especificamente à humanidade, devido a alguma ofensa que esta praticara ao(s) seu(s) deus(es). No Gênesis, a morte sobreveio à humanidade quando esta desejou ultrapassar seus limites de conhecimento. Há também, em alguns mitos, a associação da morte como parte de um ciclo vital (análogo ao dos vegetais), tal como o nascimento e a sexualidade e perpetuação da vida. Esse era um pensamento possivelmente surgido de antigas comunidades agrícolas.
O mito escatológico pressupõe a criação do universo como obra de uma divindade que, como defensora da pureza da existência, haverá de destruir sua obra para dar lugar a uma outra, nova e melhorada. Enquanto este fim não chega, a humanidade é observada, julgada e preparada para uma existência posterior a seu fim, que pode ser paradisíaca ou de tormentos eternos, a depender de sua conduta nesta vida. Tais mitos podem ser vistos entre os ensinamentos dos hebreus, cristãos, mulçumanos e seguidores do zoroastrismo. Zoroastro (século VI a.C.) falou de Chinvat, uma ponte a ser atravessada após a morte, que permitia a passagem dos justos, mas estreitava-se aos malfeitores, fazendo-os cair no inferno. O zoroastrismo posterior elaborou a idéia de punição ou salvação, de ressurreição e de purificação final dos pecadores.
Na mitologia egípcia, a idéia desse julgamento pós-vida teve grande importância. Segundo suas lendas, o coração do morto era colocado num dos pratos de uma balança - no outro, colocava-se uma pena do deus Maat (simbolizando o que há de justo e verdadeiro) -, assim, Osíris julgava se o morto seria absolvido ou condenado. Na mitologia grega, segundo Homero, a morte representava a desintegração do corpo, permanecendo um espectro, que era levado ao Hades para ser julgado e condenado a vagar eternamente pelas sombras infernais. Mas no próprio pensamento mítico grego haviam outras correntes: os mistérios de Elêusis (referentes à deusa Deméter e sua filha Perséfone, símbolos da vida que renasce na primavera) prometiam aos seguidores a felicidade numa existência pós-morte; e o orfismo (referente a Orfeu, o primeiro mortal a descer ao Hades e retornar ao mundo superior), bem como a filosofia platônica, trazia a idéia da reencarnação (possivelmente oriunda do pensamento oriental).
O fim de toda a existência conhecida é retratado nos mitos escatológicos como conseqüência de um conflito em escala universal ou uma batalha final entre os deuses (situações típicas da mitologia Indo-européia, e muito presentes em seus ramos germânicos). Na mitologia Asteca, vários mundos são criados e destruídos pelos deuses até o surgimento do mundo habitado pelos homens. Há mitos que falam de uma grande devastação na terra ocasionada por uma inundação - não num futuro fim dos tempos, mas que já teria acontecido. A exemplo disso, há o famoso episódio do Antigo Testamento bíblico, em que Deus teria enviado como castigo à humanidade um dilúvio, do qual apenas seus eleitos foram salvos (não são raras as culturas em que se fala de um salvador que, antes da destruição final, surge para resgatar aqueles escolhidos para participar da futura reconstrução da existência). Quase todas as culturas pré-colombianas possuem mitos a respeito de dilúvios – temática que remonta aos antigos mitos mesopotâmicos.

Mitos Teogônicos
Nas várias mitologias, é comum a associação de acontecimentos como a morte ou fenômenos naturais a divindades reguladoras do universo. E, refletindo a estrutura das sociedades antigas, estas divindades possuíam distinções de poder entre si. E nessa hierarquia, geralmente preponderava um casal ou uma trindade divina.
Com o passar do tempo, esse poder podia mudar de mãos - tal como ocorria com os povos antigos (não eram raros os casos em que um povo, ao ser atacado e vencido por outro, tinha sua cultura e modo de vida modificados pelos novos dominadores). São freqüentes os mitos que falam de deuses que, tendo outrora governado (ou mesmo criado) a existência, são depostos por novos deuses (até mesmo seus descendentes); caracterizando uma freqüente disputa de poder, que não se dava somente entre deuses, mas entre diversas raças que, ao se julgarem suficientemente poderosas, tentavam tomar o poder universal.
Sendo toda a dinâmica da vida, bem como seus misteriosos ou inexplicáveis eventos (que não eram poucos à época dos “criadores” dos mitos), geralmente atribuídos aos desígnios de uma força divina, é comum às crenças antigas a formulação de mitos para explicar o surgimento de tais forças ou deuses. Assim, surgiram os mitos teogônicos (Teogonia vem das palavras gregas théos e gonia, significando “as coisas divinas, os seres divinos”, ou seja, os deuses).
Como uma das maiores referências desse gênero mitológico, temos a Teogonia, do poeta Hesíodo, do século VIII a.C. Na mitologia grega, Zeus (nome proveniente de dyeus pater, “o pai do céu” - da cultura proto-indo-européia, raiz de grande parte do que forma a cultura européia atual) é apresentado como o “pai dos deuses e dos homens”; não que ele os tivesse criado, mas que era o senhor supremo destes. Zeus conquistara seu poder ao derrotar o próprio pai, Cronos. Este, por sua vez, tornara-se o senhor do universo do mesmo modo, tomando o lugar de seu pai Urano, filho e esposo de Gaia (a Terra, que com Urano gerou Cronos e os demais titãs da raça dos uranianos - os primeiros controladores das forças universais -, além de outros seres de grande poder).
Havia uma freqüente tendência das mitologias européias a representar a soberania dividida em três funções divinas: um “soberano-sacerdote”, um “guerreiro” e um “cultivador-fecundardor”. Na mitologia escandinava, Odin, Thor e Freyr representavam estes papéis, respectivamente. Odin, senhor do Valhala (a grandiosa morada dos bravos heróis mortos em combate), era o soberano do cosmos. Thor, semelhante ao Indra védico ou o Ukko finlandês, era o deus guerreiro e senhor do trovão. A ele cabia a proteção da lei e da ordem em Midgard (a “terra do meio”, morada dos homens). Freyr, por sua vez, era o deus que regia o Sol, a chuva, os frutos e a fertilidade humana (sendo retratado com um gigantesco falo). No hinduísmo, há também uma divisão do poder cósmico entre três divindades: os deuses Brahma (o criador), Vishnu (o conservador) e Shiva (o destruidor), formando a Trimurti. Apesar dessa divisão nominal, para a crença hindu, todos os deuses citados em seus mitos são meramente manifestações do poder único que rege o cosmos, geralmente personificado em Brahman (Brahma, Brahm, Atman ou “O Grande Espírito”, o Absoluto). Brahma, como apenas criador do universo, não possui uma grande atuação nas narrações míticas. Vishnu, responsável por manter a ordem da criação, freqüentemente interfere nos problemas da terra, através de seus avataras (encarnações), sendo o mais conhecido deles o de Krishna (o grande transmissor dos ensinamentos trazidos no clássico Bhagavad Gita). Shiva é o deus encarregado de (ao fim de tudo) destruir toda a existência e guiar as almas de todos os seres ao reencontro com o Grande Espírito, seu lugar de origem.

Outros tipos de Mito
Além destes três principais gêneros míticos, há também outras classificações que podem ser referidas, como os mitos que descrevem como uma determinada cultura evoluiu com a descoberta de novas técnicas ou artefatos. A exemplo disso, temos o mito grego de Prometeu (apresentado na Teogonia de Hesíodo), que rouba o fogo divino para dá-lo aos homens. Estes, ao dominar o fogo, garantiram sua superioridade em relação aos demais seres. Na cultura Dogon, o ferreiro que rouba para a humanidade as sementes do silo dos deuses assemelha-se a Prometeu.
Há também os mitos que falam da fundação de grandes cidades e reinos (por seu grande poder ou exuberância, considerava-se que estes grandes reinos só poderiam ter surgido por milagre ou obra de um grande herói). Um exemplo é o mito de Rômulo e Remo, os irmãos gêmeos que teriam fundado Roma. Também há referências quanto à cidade de Lisboa, que antes teria sido Ulissipo, fundada por Ulisses (Odisseu, para os gregos) em certo momento de suas viagens (relatadas na Odisséia, de Homero).


Bibliografia:
Enciclopédia Barsa,
Encarta 96 Encyclopedia (versão em inglês)
Do Olimpo a Camelot, de David Leeming.

Extraído do Site Templo do Conhecimento - por Rafael Brito
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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

História do significado das flores

A linguagem das flores teve origem no Oriente e chegou ao Ocidente na Idade Média, quando, poucas eram as pessoas que sabiam ler e escrever. A partir dessa data, desenvolveu-se gradualmente e atingiu um grande êxito durante a época Vitoriana em Inglaterra. Nessa altura, como alternativa aos arranjos naturais, eram enviados cartões com mensagens florais, principalmente quando não era possível encontrar certas flores. Tinha significados diferentes se as flores eram enviadas com ou sem folhas, com ou sem espinhos. Um botão de rosa com folhas e espinhos, por exemplo indicava, «Tenho medo mas também esperança», uma rosa sem espinhos «Creio poder ter esperança», e uma rosa sem folhas sugeria «Tenho tudo a recear».A rosa era considerada a flor de Vénus. Em todo o mundo acredita-se que as flores escondem segredos ocultos. No Oriente ,é frequente um rebento florido substituir uma mensagem escrita. Assim, não será surpreendente que certas flores associadas ao amor sejam escolhidas.


Significado das flores

Acácia - amizade
Anémona - perseverança
Angélica - harmonia ,união e paz
Antúrio - luxo, autoridade e exuberância
Begónia - cordialidade
Camélia - delicadeza, pureza, estima, admiração e romantismo
Cravo - amizade, simpatia e respeito
Crisântemo - longevidade
Cíclame - sentimentos duradouros
Flor de laranjeira - fertilidade e pureza
Gardénia - sinceridade dos sentimentos, admiradores secretos
Gerânio - sentimentos contraditórios
Hera - fidelidade
Hortênsia - frieza, inconstância
Íris - boas notícias, mensagens agradáveis
Jacinto - doçura
Jasmim - simpatia
Junquilho - afeição e melancolia
Lavanda - lealdade e sinceridade
Lilás - emoções e amizade
Lírio - pureza, inocência é também um amuleto do amor
Liz - harmonia e desejo de criação
Malmequer - dor, sofrimento e desejo de uma afeição correspondida
Margarida - alegria ,simplicidade e fidelidade
Mimosa - amor platónico
Miosótis - recordação eterna
Narciso - indiferença e egoísmo
Nenúfar - frieza
Orquídea - requinte, classe, distinção, fervor e ambição
Palma - dedicação, devoção e grande amizade
Petúnia - alguém está zangada consigo
Tulipa - vaidade ,beleza, amor forte mas inconstante
Trevo - incertezas
Violeta - perseverança, humildade, amor escondido e modéstia


Significado das Cores das Flores

Cravo branco –amor puroCravo vermelho - amor ardenteDália rosa - delicadezaJacinto amarelo - falsidadeJacinto branco - doçura Lilás branco- inocênciaLírio azul - constânciaLírio branco - discriçãoLírio amarelo - desenganoMargarida branca - esquecer passadoRosa amarelas - alegria, liberdade e prazer

Rosa azul - ternura
Rosa brancas - reverência, segredo, inocência, pureza ,paz e amizade
Rosa coral - entusiasmo e desejo
Rosa cor de rosa claro - gentileza
Rosa cor de rosa escuro - gratidão e agradecimento
Rosa champanhe - admiração e simpatia
Rosa vermelhas - amor, paixão, respeito, adoração e coragem
Rosa vermelhas com brancas - harmonia ,humildade, compromisso ou noivado
Rosa vermelhas com amarelas - felicidade
Rosa coloridas em tons claros - amizade e solidariedade
Rosa coloridas, predominando as vermelhas - amor e felicidade
Túlipa amarela - amor sem esperança
Túlipa vermelha - declaração de amor
Violeta branca - promessas
Violeta violeta - pudor


Obtido em Os 7 Elementos
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domingo, 8 de outubro de 2017

As cores das velas

"Branca: É a mistura de todas as cores; Alinhamento espiritual, limpeza, saúde, verdade, poder, pureza grandes realizações na vida, totalidade; Usada em rituais que envolvam a energia lunar. Aumenta a energia das outras velas usadas juntamente.

Amarela: Intelecto, criatividade, unidade, trazendo o poder da concentração e da imaginação para o ritual; use em rituais onde deseje obter dos outros uma confidencia ou persuadir alguém. Simboliza também a energia solar. Acção, atracção, inspiração e mudanças súbitas. 

Dourada ou Amarelo muito claro: Activa a compreensão e atrai as influências dos poderes cósmicos; beneficia rituais para atrair dinheiro ou sorte rápida. Simboliza também a energia solar. Poderes divinos masculinos. 

Rosa: Favorece o romance, a amizade; é uma cor usada em rituais para desenvolver sentimentos afectuosos; cor da feminilidade, honra, serviço, e favorece o diálogo em mesas de refeição familiar. Despertar espiritual, cura de espírito e comunhão. 

Vermelha: saúde, energia, potência sexual, paixão, amor, fertilidade, força, coragem, vontade de poder; aumenta o magnetismo em um ritual; Energia dos signos de Áries e escorpião. Para a conquista do medo ou da preguiça. 

Prateada ou cinza bem claro: Remove a negatividade e encoraja a estabilidade; ajuda a desenvolver as habilidades psíquicas. Atrai a energia da Grande Mãe. Vitória, meditação, poderes divinos femininos. 

Roxa ou Púrpura: Poder, sucesso, idealismo, progresso, protecção, honras, quebra de má sorte, afasta o mal, adivinhação, altas manifestações psíquicas; ideal para rituais de independência, contacto com entidades astrais. Energia de Neptuno. 


Magenta: Combinação de vermelho com violeta, esta cor oscila com alta frequência; para rituais que necessitem de uma acção rápida ou um poder bem elevado ou uma saúde espiritual requerida; rápidas mudanças, cura espiritual e exorcismo. 

Marrom ou Castanha: Cor da terra, equilíbrio; para rituais de força material; elimina a indecisão, atrai o poder da concentração, estudo, telepatia, sucesso financeiro. Serve também para encontrar objectos que foram perdidos. 

Índigo: Cor da inércia; para parar pessoas ou situações; use em um ritual que requeira um elevado estado de meditação; Neutraliza a magia lançada por alguém, quebra maledicência, mentiras ou competição indesejável. Equilíbrio do Karma. Energia de Saturno. 

Azul Royal: Promove a alegria e a jovialidade; use para atrair a energia de Júpiter ou para qualquer energia que queira potencializar. 

Azul Claro: Cor espiritual; ajuda nas meditações de devoção e inspiração; traz paz e tranquilidade para a casa. Erradia a energia do signo de Aquário; Sintetiza as situações. 

Azul: Cor primária e espiritual para rituais que necessitem de harmonia, luz, paz, sonhos e saúde. Simboliza a verdade, inspiração, sabedoria, poder oculto, protecção, compreensão, fidelidade, harmonia doméstica e paciência. 

Verde Esmeralda: Importante componente num ritual Venusiano; atrai amor, fertilidade e relação social. 

Verde Escuro: Cor da ambição, cobiça, inveja e ciúme; coloca as influências destas forças num ritual. 

Verde: Promove prosperidade, fertilidade, sucesso, abundância, generosidade, casamento, equilíbrio; estimula rituais para a boa sorte, dinheiro, harmonia e rejuvenescimento. 

Cinza: Cor neutra, ajuda a meditação; na magia, esta cor simboliza confusão, mas também nega ou neutraliza a influência negativa. 

Preta: Abre os níveis do inconsciente; usado em ritual para induzir um estado de meditação; simboliza também a negatividade a ser banida, no caso de rituais de devolução, reversão, desdobramento, anulação de forças negativas, discórdia, protecção, libertação, repelindo a magia negra e formas mentais negativas. Atrai a energia de Saturno."
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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Tupã o Infinito e a Perfeição

Mito indígena da criação.


No início de todas as coisas, Tupã criou o infinito cheio de beleza e perfeição. Povoou de seres luminosos o vasto céu e as alturas celestes, onde está seu reino.

Criou então, a formosa deusa Jaci, a Lua, para ser a Rainha da Noite e trazer suavidade e encanto para a vida dos homens. Mais tarde, ele mesmo sucumbe ao seu feitiço e a toma como esposa. Jaci era irmã de Iara, a deusa dos lagos serenos.

Criou ainda, o forte deus Guaraci, deus do Sol, irmão de Jaci, o qual dá vida a todas as criaturas e preside o Dia.

Fez nascer também Icatú, o belo deus. Formou um lugar de delícias para os bons e um lugar tenebroso para os maus. Neste lugar vagam as almas sem vida e os espíritos dos guerreiros sem glórias ou fugidos das tribos. Tupã, após uma batalha, lançou para este lugar sombrio, seu temível e poderoso inimigo Anhangá. deus dos Infernos, chamando estes lugares de regiões infernais. Juntamente com este impiedoso deus, à este mundo subterrâneo também forma dirigidos: o jurupari que ficou conhecido como mensageiro deste deus cruel; Tice, que tornou-se esposa do deus das trevas; Xandoré (ave falconídea), o deus do ódio; Caramuru e o Boto; Abaçaí e Guandiro e muitos angás. Este era o reino do pavor, do ódio, da dor e da vingança.

No alto dos céus, sentado em seu trono, Tupã criou milhares de criaturas celestes que executavam suas ordens e o louvavam. Fez nascer sobre os verdejantes mares os Sete Espíritos e os gênios que sob as ordens do Boto deus dos abismos dos mares, governavam os oceanos e habitavam na sagrada Loca, que é a habitação dos deuses marinhos no fundo das águas.

Criou Pirarucú, deus do mal e deu vida ao alegre Curupira, deus protetor das florestas. Do
mesmo modo, nasceram as Sete Deusas:

Guaipira, a deusa da história

Pice a deusa da poesia

Biaça, a deusa da astronomia

Açutí, a deusa da escrita

Arapé, a deusa da dança

Graçaí, a deusa da eloqüência

Piná. a deusa da simpatia

Depois criou para a alimentação dos deuses, o divino Ticuanga, o bolo feito de massa de óleos e outras iguarias deliciosas para alimentar e deleitar os imortais. Mandou em seguida, preparar o sagrado Tapicurí, o vinho dos sacros deuses e Tamaquaré, a fina essência aromática usada pelos Senhores da Eternidade. Estabeleceu as horas, os minutos e os segundos. Fixou as estações e as mutações. Deu uma forma estável e regular ao Universo e instituiu o Nadir e o Zênite. Fez nascer a reciprocidade e criou:

Catú, o deus outonal

Mutin, o deus da primavera

Peurê, o senhor do verão

Nhará, que preside o inverno

Criou também Tainacam, a deusa das constelações. Igualmente deu vida as Tiriricas, as deusas da raiva, do ódio e da vingança. Colocou nas densas florestas o Caapora, deus vingativo, protetor das casas e dos animais e lhe deu o feroz porco caitetú, sobre o qual cavalgava o temido deus, protegendo os filhotes dos animais. Criou Aruanã, o deus da alegria e protetor dos Carajás e faz germinar no norte do Brasil as ricas e belas carnaubeiras, chamadas de árvores da vida.

Para concluir sua obra, Tupã veio ao mundo e fez o homem e deu-lhe como companheira a mulher e logo eles se multiplicaram e encheram toda a terra. O poderoso deus tomou então das suas criaturas e ensinou-lhes a arte de tirar do seio da terra, ricos legumes e frutas, trabalhar com barro e argila e do férreo Ubiratã, fazerem as mais fortes lanças e armas de guerra. Depois transmitiu aos homens todo o conhecimento sobre os remédios para todas as doenças. Finalmente, ensinou-lhes as artes que tornam a vida mais suave a amena. Abençoou o sagrado Ibiapaba, Monte Sagrado dos Deuses Brasileiros e nele permitiu a permanência das Parajás, do bondoso Inoquiué, das Parés, de Solfã e de outros deuses imortais. Até ele próprio lá comparecia, vez por outra.

Alegres viviam os homens, felizes cresciam as crianças. Todos os deuses gloriosos e imortais amavam-nos e davam-lhes formosos e ricos rebanhos de capivaras, pacas e cabras. Ao morrerem, os homens não sofriam, pois mergulhavam em doce sono, seus corpos voltavam à terra e suas almas subiam aos céus. A vida proporcionava todo o bem imaginável. A terra era fértil e produzia-lhes todas as árvores frutíferas que precisavam. Se algum mortal faltava com a veneração dos imortais, entretanto, era duramente castigado. Os deuses reuniam-se em assembléia na Monte Ibiapaba e enviavam as mensagens aos homens pelo alegre Curupira, o qual, possui os calcanhares para diante, os dedos para traz e habita as floresta, castigando todo aquele a destrói ou incendeia e é mais célebre do que Polo, o deus do vento.

Mas, eis que um dia, Anhangá, cheio de inveja, transformado numa bela e astuta jararaca gigante, soprou no ouvido dos homens a maldade e ainda que os outros deuses protetores vagassem em torno deles para ajudá-los, nada conseguiram. Então começaram os homens a serem dominados por grande ambição e as Parajás, deusas do bem, da honra e da justiça, que eram inseparáveis, envolveram o corpo com brancas plumas e abandonaram os mortais, voltando para junto dos deuses eternos e a escura deusa Sumá (deusa inimiga dos homens), envolvida em negra manta, feita de cipó chumbo, vagou pela terra, espalhando ódio e discórdia. Deste modo os maus sentimentos ganharam o mundo e os mortais tiveram o conhecimento do mal, da injustiça e amaram mais a maldade do que as belas virtudes.

No alto dos céus, com os outros deuses, Tupã dominava, desde o começo dos tempos e numa grande batalha, vencera o cruel deus Anhangá, senhor dos infernos e seu irmão, o deus Xandoré.

Com o seu poder, Tupã aprisionou o deus do ódio na sagrada serra do Ibiapaba. Algum tempo depois, ele foi solto por Jururá-Açu a bela imortal. Por castigo, Tupã, fez nascer nas costas desta deusa uma espécie de concha, e cobriu-lhe o corpo todo como uma cor amarelada e Jururá-Açu transformou-se na feia e horrível tartaruga que habita as águas doces dos rios. Assim, pode Tupã se gloriar de ter vencido todos os que se opunham à ele.

Mas agora Tupã arrependeu-se de ter criado os homens! Voltou ele então à Ibiapaba e se reuniu em assembléia com os imortais. Depois de muita discussão, chegaram à um consenso que deveriam destruir a terra e todos os homens.

Já Caramurú, deus que presidia as faíscas e as ondas revoltas dos grandes oceanos, por ordem do Conselho Divino, queria derramar sobre a terra os seus raios e curiscos, mas o deus do trovão decidiu que a terra deveria ser engolida pelas águas da chuva.

Desta forma, Polo aprisionou os ventos na forte e gigante palmeira ubuçú, mo Monte Araçatuba. Boto desceu à terra, convocou todos os grandes e pequenos rios e Iara, raivosa, ordenou as fontes e as chuvas que caíssem abundantemente durante quarenta dias e noites, sem cessar.
Os Sete Espíritos dos grandes oceanos por ordem do Boto, atiraram para a terra seca, bravias ondas dos mares e fortes aguaceiros despencaram dos céus. As janelas celestes se abriram e as plantações dos Tupis quedaram-se sob o peso das águas e da tempestade. As águas invadiram toda a terra levando com elas as ocas, as tabas, as árvores e os templos. Os animais se debatiam nas ondas. Tribos numerosas eram engolidas pela inundação e os que escapavam das águas, morriam nas alturas dos montes por determinação de Tupã.

Quando Tupã olhou para a terra, viu o mundo submerso em águas mortas e apenas um casal de homens reverentes para com os eternos, contemplava os céus: Açu e Pirá. Neste instante o senhor dos mundos, fez baixar as águas e surgiram novamente as montanhas, a planície e a terra seca.

Açu olhou a sua volta e viu tudo mergulhado no silêncio da morte. As lágrimas começaram a molhar sua face, quando perguntou a Pirá:

- Somente nós não sucumbimos no cataclismo, o que faremos sós e abandonados nesta imensidão?

Os dois suplicaram entre salgadas lágrimas que a meiga e doce deusa Caupé para que os ajudassem a recuperar toda a geração morta Ouvindo tais súplicas a deusa desceu e falou-lhes:

- Olhai três vezes para os céus e dizei: descobrimo-nos perante vós deuses imortais, curvamos as nossas cabeças perante vossas ordens. Depois, tomai grande porção de areia e atirai para o alto.

Não hesitando um só momento em executar os tais ensinamentos da deusa e mal atiraram os grãos de areia, viram que deles surgiram imagens, formas humanas. E, desse modo, com o auxílio divino, nasceram milhares de homens e mulheres e essa geração humana vindo de um só ramo Tupi, encheu todo o lendário Brasil.

Depois de algum tempo, Açú e Pirá tiveram um filho, Tujubá, o ascendente dos tupinambás. Os filhos deste foram: Arumã, o herói, Moema, Taparica, que foi pai de Paraguassú, Irapuã, Tibiriça que foi pai de Bartira, esposa do guaraciaba (João Ramalho), fundador de Piratininga, Tamará, Jucuré o semi mortal, Icundi, e o belo Gunzá, Araribóia, o valente, Taparica, o invencível, Paumá, o navegador, Inhampuambuçu, o vingativo, Poti, o guerreiro e Mendicapuba e a formosa Agniná.

Amor, Paz e Luz!
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Gurus à solta


TRANSCRIÇÃO DA CRÔNICA DE WALCYR CARRASCO
PUBLICADA NA REVISTA VEJA SÃO PAULO DE 10 DE OUTUBRO DE 2007
(PARTE INTEGRANTE DE VEJA 40 - Nº 40) EDITORA ABRIL


Quando era adolescente, fui a uma cartomante próxima ao Cemitério da Consolação. "Ela acerta tudo", havia confidenciado uma amiga. Uma senhora gordinha me deixou entrar por uma fresta da porta. Na época, leitura de sorte dava cadeia. Talvez por não conseguir prever a própria prisão, ela era cuidadosa. Abriu o baralho. Fiz a pergunta clássica:

– Estou apaixonado por uma garota morena, mas ela não sabe...

A mulher fechou as cartas.

– Primeiro você tem de estudar, antes de pensar nessas coisas.

E ainda cobrou a consulta! Saí de lá furioso. Conselho assim meu pai já me dava, e de graça! Meu fascínio pelas previsões continuou. Eu mesmo estudei leitura de mão, tarô... Ao longo dos anos, conheci gurus. Havia uma garota loira e simpática, de família rica, que nunca mais vi. Perguntei por ela. Um amigo contou:

– Encontrou um guru. Ela e mais três amigas estão morando com ele. Lavam, passam, cozinham e fazem meditação. Segundo ele, o trabalho físico eleva o espírito.

– E certamente torna a vida dele muito confortável! – afirmei.

Estou sempre pesquisando grupos místicos, seitas, conhecimentos esotéricos. Gosto. Admiro. Tento me aprofundar. Mas me assusto com a recente inflação de gurus, cartomantes, adivinhos, astrólogos. Os convites para cursos, palestras, futurologias abundam em jornais, revistas, mensagens da internet! Há algum tempo fui fazer uma massagem com um mestre oriental. Caríssima. Sentamos um em frente ao outro.

– Você é uma pessoa introspectiva, que busca um objetivo – disse ele.

– Sim, sim!

– Sente falta de afeto sincero.

– Sim, sim!

Concordava com tudo! Estava com as costas doloridas de sentar diante do computador. E mais ainda por ficar no tatame de pernas cruzadas, ouvindo o blablablá. Finalmente ele parou de falar. Aliviado, tirei a camisa.

– Fique vestido. Nosso tempo se esgotou – afirmou mansamente.

– Mas... e a massagem?

– Você foi curado pela Prana, a energia cósmica que fluiu entre nós durante a conversa. Volte na semana que vem. Temos um longo caminho.

Quase dei uma entortada no sujeito. Não esticou um dedo, cobrou a massagem e ainda tive de pagar pela energia cósmica, que, supõe-se, é gratuita!

Encontro xamãs por todo lado. Faz pouco, em uma festa, um senhor se aproximou:

– Você é especial.

– Oh, obrigado! – concordei.

– Mas sua energia está presa. Vejo sombras, que você precisa vencer.

– Ah, é?

– Eu tenho um grupo que pode ajudá-lo muito e...

Fui correndo cercar a bandeja de salgadinhos!

Um amigo entrou para um grupo secreto, repleto de rituais. Descobriu que não podia comer carne nem fazer sexo na véspera e no dia dos encontros. Nem nos dias santos. Após vários cálculos, sobravam cerca de dez dias por semestre para o churrasco e... Na primeira semana, ele e a companheira dormiram castamente, de costas um para o outro. Na segunda, estavam nervosos e brigaram por causa do tempero da salada. Na terceira, desistiram de se elevar ao plano angelical! 

Pior, porém, foi o outro extremo. Um conhecido resolveu se dedicar a um grupo de ioga, em que atingiria o plano superior permanecendo de cinco a seis horas na mesma posição erótica com a mulher. Em vez de amor, teve cãibras!

Nada contra os gurus em si. Muitos são sérios! Mas com freqüência há uma relação de poder embutida. Querem dizer o que eu, você e a humanidade toda deveríamos fazer. A vida se torna um emaranhado de proibições. E, para mim, a felicidade é ainda o principal caminho para a paz interior. 
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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Feitiços, encantos, desejos


Desejos, estes são sempre a ruína do ser humano!

Quem nunca desejou algo na vida?

O desejo sempre vem recheado de emoção e sentimento, seja de paixão e amor ou de raiva e ódio.

O interessante é que a emoção sempre tem uma conotação mais forte, pois é o que nos

abate, como quando nos apaixonamos e perdemos completamente o controle das coisas.

Essa intensidade abre as portas para os sentimentos, que nesse caso podem ser tanto o amor como o ódio (ambos sentimentos fortes), mas que sabem aguardar o momento certo para a ação. São sentimentos tranquilos e que se mantêm dentro do seu propósito e objetivo.

A vingança nada mais é do que ter o propósito de alcançar um objetivo que advém de

uma forte emoção repleta de sentimentos, que faz com que as pessoas simplesmente desejem.

Muitas vezes alguém, num desses momentos de forte emoção, deseja impensadamente, já que razão e emoção não combinam nessa hora, que seu marido morra da pior forma possível, pois naquele momento é a única coisa que ela consegue "pensar" (a emoção engana nosso cérebro). Neste caso essa pessoa abriu duas vertentes mágicas, só que uma faz parte da magia de agirmos pelo inconsciente e a outra pela energia criada no momento do desejo que, dependendo da intensidade e força, faz o universo começar a agir quase que instantaneamente, e o objetivo se cumpre.

No caso da magia, quanto mais intenso e sincero for o desejo, mais rápido e eficaz serão os resultados, mesmo que esses não agradem a quem desejou, já que não houve razão, o pensar real... E aí aguentem os resultados, pois isso sempre funciona, pode muitas vezes tardar mas nunca falha.

E no caso em que relatei, se essa energia foi intensa o sulficiente para mover o universo a favor do objetivo que era ver o marido morto e da pior maneira possível (mesmo que o pior possível seja o pior que ela conhece), simplesmente a qualquer momento esse homem pode começar a ter insuficiência respiratória e ficar acamado por anos, como pode atravessar a rua e ser atropeladado por um caminhão, como também ela simplesmente pode, a partir daquele momento, não sentir absolutamente nada por ele, a ponto de não se importar com qualquer direito humano ferido; tudo seria simplesmente ignorado por seus sentimentos, a tão falada frieza... De um jeito ou de outro o marido chega ao objetivo gerado pelo desejo em termos mágicos e práticos.

No segundo exemplo o desejo foi gerado de uma forma mais intrínseca, ela desejou de forma a guardar toda a energia em seu inconsciente para ser trabalhada aos poucos, chegando ao objetivo, geralmente de uma forma calculista que não é percebida pela pessoa que age. Mas a cada dia dá-se um novo passo desse plano que não é revelado à razão consciente da pessoa.Isso pode acontecer na forma de manipulação no relacionamento de forma imperceptível e bem calculada, visando o lucro pessoal e levando o outro a ruína, financeira ou sentimental, que não deixa de ser uma morte lenta e dolorosa, quase sem retornos.

Porque falei sobre emoções, sentimentos, consciente e inconsciente?

Simplesmente porque eles geram os desejos e esses devem ser muito bem elaborados para se colocar em prática. Qualquer desejo desequilibrado que tenha sido gerado num momento de raiva ou de intensa paixão pode traduzir-se num problema com consequências gravíssimas para várias pessoas, começando por quem desejou, que muitas vezes nem se lembra de ter exposto tamanha emoção e depois não sabe o motivo de estar acontecendo tanta coisa em sua vida. E como vivemos numa imensa teia, quem está ao redor também recebe a dose desse desequilíbrio e suas consequências, sejam boas ou ruins.

Uma energia desse porte, uma vez lançada, não tem mais parada. Ela circula até atingir o alvo, leve o tempo que precisar, mas ela chega no alvo.

Isso tudo é um pequeno alerta sobre as consequências que podemos ter que arcar quando nos utilizamos de ímpetos e súbitos emocionais, sem pensamentos em equilíbrio com a sabedoria dos sentimentos que estão em nossos corações.

As palavras tem poder, e não são como contratos que podemos rasgar ou colocar uma cláusula de ruptura. Uma palavra dada tem o peso de sua alma, diria até que carrega a conotação de uma promessa. São coisas que não se quebram... Quebramos regras para cumprir uma palavra dada, mas não temos como quebrar uma palavra dada para cumprir uma regra, pois aí a palavra se vira contra nós, e de alguma forma receberemos toda essa energia que foi impregnada em nossas próprias palavras.

Essa é a grande essência da magia.

Se querem praticar a magia, fazer feitiços e moldar energias, saibam muito bem trabalhar com cada energia e sentimento empregado. Usem a sabedoria e questionem seus atos para ter certeza de que não estão se precipitando no momento da ação. A teia reverbera, a energia espirala e um dia retorna.

"Cuidado com o que desejas, pois podes conseguir!"

"As palavras tem poder!"

Bênçãos de Hécate

Althea

Obtido em: Chaos-Therion
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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O passeio dos bois da páscoa - Póvoa de Varzim

O "passeio dos bois da páscoa" cumpria uma tradição cuja origem se desconhece e que nas últimas décadas foi caindo em desuso.

Realizava - se na Quinta Feira Santa e tinha por fim mostrar as gordas e luzidias rezes destinadas a abate para consumo na quadra da páscoa.

O gado carregava vistosas cangas em madeira lavrada ou pintada era enfeitado com garridos ramos de flores e fitas vermelhas, e arreados com típicos chocalhos que produziam o seu característco e festivo tilintar. Raparigas escolhidas pelo seu garbo e beleza, vestiam lindos trajes regionais em que sobressaiam arrecadas e grossos cordões de ouro com corações de filigrana e amuletos, o que emprestava cor e vida ao desfile, trasformando o passeio dos bois num interessante e colorido cortejo etnográfico. A "chamadeira", de fueiro em riste, seguia na frente, e tinha a seu lado o "marchante", proprietário do gado, com o seu melhor fato, e cajado na mão. As moças de soga conduziam o gado e os tangedores espicaçavam - no para lhe estimular o andar.

O luzido cortejo percorria assim as ruas da Póvoa de Varzim perante o olhar interessado da multidão entre a qual se encontravam criadores e marchantes de toda a região. De quando em quando o cortejo parava para que os marchantes oferecessem às suas comitivas refrescante vinho em canecas de barro, depois do que prosseguia até à praça do Almada.

Ali, frente ao edifício da câmara , esperavam - no as autoridades mais representativas do concelho que assistiam à passagem das rezes e classificavam as melhores, atribuindo prêmios e medalhas comemorativas aos respectivos proprietários e as "chamadeiras".

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